sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
“No jardim de seu coração, você deve plantar e cuidar da rosa da Divindade, do jasmim da humildade e do lírio da generosidade. Em seu armário de remédios, você deve manter em prontidão os comprimidos do discernimento, as gotas de autocontrole e três talcos indispensáveis da fé, da devoção e da paciência. Através do uso desses medicamentos, você pode esquivar-se da doença grave chamada ignorância (Ajnana).” Sathya Sai Baba
Sou a névoa da manhã e a brisa da tarde.
Sou o vento na copa das árvores e as ondas contra o penhasco.
Sou todas as ordens de seres, e galáxias girantes,
a inteligência imutável, o ímpeto e a deserção.
Sou o que é e o que não é.
Tu, que conheces Jalaludin.
Tu, o Um em tudo,
Diz quem sou.
Diz: eu sou
Tu.
Sou o vento na copa das árvores e as ondas contra o penhasco.
Sou todas as ordens de seres, e galáxias girantes,
a inteligência imutável, o ímpeto e a deserção.
Sou o que é e o que não é.
Tu, que conheces Jalaludin.
Tu, o Um em tudo,
Diz quem sou.
Diz: eu sou
Tu.
Rumi
Osho
Ficando feliz, você está criando um mundo feliz; dançando, está criando um mundo dançante, porque você é o mundo.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
... e de novo então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim, eu digerindo faminto o que o teu corpo rejeita, bebendo teu mágico veneno porco que me ilumina e anoitece a cada dia, e passo a passo afundo nesse charco que não sei se é o grande conhecimento de nós ou o imenso engano de ti e de mim.
(Caio F. Abreu - A beira do mar aberto)
Andei pensando nesses extremos da paixão, quando te amo tanto e tão além do meu ego que - se você não me ama: eu enlouqueço, eu me suicido com heroína ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.
(Caio F. Abreu - Extremos da paixão)
(...) até mesmo certas palavra parecem já terem sido dita antes, numa outra dimensão, numa outra camada, num outro tempo. Eu me interrompo e pergunto: “Quando? Onde? Em que lugar? Em que tempo?” A resposta nunca vem, e eu fico pensando se não será uma espécie de aviso, de revelação. Depois acho graça, esqueço. Mas há certos momentos brancos, quando caio dentro de mim mesmo e tudo o torna brilhante, claro demais, e por isso mesmo ofusca e eu não posso ver o que há ao redor.
Caio F. Abreu - Limite branco)
Caio F. Abreu - Limite branco)
Mas gosto, gosto das pessoas. Não sei me comunicar com elas, mas gosto de vê-las, de estar a eu lado, saber suas tristezas, suas esperas, suas vidas. Às vezes também me dá uma bruta raiva delas, de sua tristeza, sua mesquinhez. Depois penso que não tenho o direito de julgar ninguém, que cada um pode — e deve — ser o que é, ninguém tem nada com isso. Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos que aí, justamente aí, está o grande mal das pessoas: o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada. Só elas poderiam fazer alguma coisa por si próprias, mas não fazem porque não se vêem, não sabem como são. Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo, a vida inteira fingindo que não sabem.
(Caio F. Abreu - Limite branco)
(Caio F. Abreu - Limite branco)
Sinto-me terrivelmente vazio. Há pouco estive chorando,
sem saber exatamente por quê. À vezes odeio esta vida,
estas paredes,(...) esses diálogos vazios,(...)
O que eu queria mesmo era um ombro amigo
onde pudesse encostar a cabeça,
uma mão passando na minha testa,
uma outra mão perdida dentro da minha.
O que eu queria era alguém que me recolhesse
como um menino desorientado numa noite de tempestade,
me colocasse numa cama quente e fofa,
me desse um chá de laranjeira
e me contasse uma história.
Uma história longa sobre um menino só e triste que achou,
uma vez, durante uma noite de tempestade,
alguém que cuidasse dele.
(Caio F. Abreu - Limite branco)
sem saber exatamente por quê. À vezes odeio esta vida,
estas paredes,(...) esses diálogos vazios,(...)
O que eu queria mesmo era um ombro amigo
onde pudesse encostar a cabeça,
uma mão passando na minha testa,
uma outra mão perdida dentro da minha.
O que eu queria era alguém que me recolhesse
como um menino desorientado numa noite de tempestade,
me colocasse numa cama quente e fofa,
me desse um chá de laranjeira
e me contasse uma história.
Uma história longa sobre um menino só e triste que achou,
uma vez, durante uma noite de tempestade,
alguém que cuidasse dele.
(Caio F. Abreu - Limite branco)
Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo Começou.
E não conseguia.
Não conseguiria, claramente.
Voltavam sempre cenas confusas na memória.
Misturavam-se, sem cronologia,
sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes
ou depois daquele momento em que, tão perdidamente, apaixonou-se...
(Caio F. Abreu - O destino desfolhou)
E não conseguia.
Não conseguiria, claramente.
Voltavam sempre cenas confusas na memória.
Misturavam-se, sem cronologia,
sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes
ou depois daquele momento em que, tão perdidamente, apaixonou-se...
(Caio F. Abreu - O destino desfolhou)
Mesmo assim eu não esquecia dele.
Em parte porque seria impossível esquecê-lo,
em parte também, principalmente,
porque não desejava isso.
É verdade, eu o amava.
Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo
e possuí-lo e saber coisas de dentro dele.
Era um amor diferente, quase assim,
feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
(Caio F. Abreu - O ovo apunhalado)
Em parte porque seria impossível esquecê-lo,
em parte também, principalmente,
porque não desejava isso.
É verdade, eu o amava.
Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo
e possuí-lo e saber coisas de dentro dele.
Era um amor diferente, quase assim,
feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
(Caio F. Abreu - O ovo apunhalado)
"Ainda há pouco tinha sol. Sem que eu diga uma palavra, a cortina cai e a noite domina. Ainda bem que as pessoas que a gente gosta aparecem em sonhos. Não posso acreditar que algum dia venha a alcançar um ponto onde eu esteja livre de sentir. Porque neste dia, estarei morta. Encontre-me no portão da frente de sua vida. Tem meu nome pendurado. Te desabotôo coração, para que você fique todo exposto. As lágrimas aqui caem dobradas. Porque onde quer que exista o amor, ele brilhará de alguma forma. Então acredito. Não faço idéia da hora que você vai chegar. Pode até ser de madrugada, como da última vez. Vou esperá-lo. Quero ficar acordada para não perder o momento. Eu tenho luz suficiente para manter a chama acesa."
(Pipa)
(Pipa)
E alguém perguntar quem sou,
diga que sou a filha da noite, que fala de amor, que fala do vento e se esquece do tempo...
Se alguém perguntar onde vivo, diga que vivo nas brumas que sabe do amor que conhece o desejo e Sonha sem pudor...
Se alguém perguntar por onde eu ando, diga que ando pela noite, pela lua e que nela me perco, desapareço, esqueço...
E se alguém perguntar como sou, diga que sou louca, apaixonada, que ama a magia do se entregar por inteiro, sem limites, sem freios a magia da vida.
diga que sou a filha da noite, que fala de amor, que fala do vento e se esquece do tempo...
Se alguém perguntar onde vivo, diga que vivo nas brumas que sabe do amor que conhece o desejo e Sonha sem pudor...
Se alguém perguntar por onde eu ando, diga que ando pela noite, pela lua e que nela me perco, desapareço, esqueço...
E se alguém perguntar como sou, diga que sou louca, apaixonada, que ama a magia do se entregar por inteiro, sem limites, sem freios a magia da vida.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
"Falam de tudo. Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzisses, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos. Sobretudo falam do comportamento e falam porque supõem saber. Mas não sabem, porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente. Se sentissem não falariam."
Nelson Rodrigues
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