Mamãe saiu para fazer compras e me disse para não abrir a porta para ninguém... mas e se é a felicidade?
Mafaldadequino
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
"(..)então eu agradeço, eu tenho medo e espanto e terror e ao mesmo tempo maravilhamento e outras coisas com e sem nome, mas agradeço. aos deuses dos jardins, aos deuses dos homens, aos deuses do tempo e até aos das ervas daninhas que nos fazem lutar feito tigres feridos fundo no peito, sim, eu agradeço."Caio F. Abreu
Ás vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência.Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.
Caio Fernando Abreu
Recuso-me a ficar triste.Sejamos alegres.Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade.
Eu estou - apesar de tudo, oh; apesar de tudo -, estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras.Estou sendo alegre nesse mesmo instante porque me recuso a ser vencida:
Então eu amo.Como resposta.
Clarice Lispector - Água viva
sábado, 28 de agosto de 2010
''Meus irmãos colecionavam selos, moedas, borboletas e revistas.
Eu, silêncios.
A brisa se mistura ao cheiro das lembranças. É como se eu estivesse regressando. Posso brincar lá fora?
O pampa é meu pátio.
Como dói a porta fechada por dentro.
Não ter para onde ir é uma forma de sempre chegar.''
(Carpinejar)
Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento historinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Seu Olhar - Seu Jorge
Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo
Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro
Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem
Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair. A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.
O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele do coração. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.Ana Jácomo
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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